Nesta quinta-feira (03), “Coringa” estreia com um público ansioso por um personagem que faça jus ao seu legado de maior vilão do Batman e que o ator Joaquin Phoenix seja tão bom quanto Heath Ledger com seu icônico Coringa em “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, de 2008, que é considerado uma das melhores atuações do personagem nos cinemas.
A história se passa nos anos 1980 em Gotham, a metrópole onde há desemprego, recessão econômica e um clima abrasivo e tenso nas ruas. Uma cidade que facilmente pode ser confundida com um esgoto a céu aberto, sofrendo com uma infestação de ratos.
Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) é só mais um humorista sem graça, morando com a mãe, Penny (Frances Conroy) e dado a crises de risadas histéricas um tanto esquisitas decorrentes de um distúrbio psiquiátrico. Para variar, ele é humilhado por seu ídolo da comédia em rede nacional, agravando sua tristeza e descontentamento.
O palhaço trabalha alegrando crianças em hospitais, segurando placas para comerciantes falidos e muitos outros bicos. A obsessão por matar começa quando, em um surto, assassina três corretores da bolsa de valores no metrô, começando uma convulsão social dos comuns contra os ricos e as elites. Agora, ao que parece, o palhaço justiceiro será representante da luta contra as desigualdades sociais.
Pode-se notar que as inspirações para o filme incluem o clássico “O Rei da Comédia” (de Martin Scorsese), “Uma Noite de Crime” e “V de Vingança”, sendo que o quadrinho do personagem intitulado “A Piada Mortal” é a maior fonte de referências de todas. Toda essa mistura tem como objetivo criticar a sociedade, mostrando temas como bullying, busca excessiva pela fama e o desprezo da sociedade pelos menos afortunados, de modo muito atual e cruel.
O longa é dirigido por Todd Phillips, da trilogia de comédia “Se Beber, Não Case”, e roteirizado por Scott Silver, de “O Vencedor”.