Moradores da Comunidade Salobra, localizada no município de Miranda, estão investindo na produção de mel. A ideia surgiu por meio do programa Pró Pantanal, iniciativa do Sebrae/MS, que auxiliou a comunidade a identificar a atividade como uma oportunidade para empreender no setor e, consequentemente, promover geração de renda.
Para isso, o grupo participa de capacitações e treinamentos. Entre as fases de estruturação do plano de trabalho está a realização de cursos de apicultura, em parceria com o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), por intermédio do Sindicato Rural de Miranda, na própria comunidade.
A analista do Sebrae/MS, Katia Muller, explica que para o produto ter valor agregado é necessário cumprir algumas etapas. “O Sebrae buscou, junto com os moradores, as potencialidades empreendedoras da região. Há um trabalho direto para auxiliar na governança da associação local. Depois, na fase de produção, vamos auxiliar no trabalho de processamento para que eles possam ter um produto no mercado”, destaca.
O projeto desenvolvido na Comunidade Salobra envolve a instalação de até 50 caixas para abelhas. Os moradores estão envolvidos no processo de construção de 33 dessas unidades e com possibilidade para a produção começar neste ano. Já a colheita de mel deve ocorrer a partir da florada do próximo ano.
A vice-presidente da Associação de Moradores de Salobra, Marinalva Samuel, que reside na comunidade há 46 anos, comenta que há uma união de esforços para a compra das caixas de colmeias e composição do negócio. “Fizemos uma pastelada para arrecadar parte do valor que serviu para dar de entrada para a construção das caixas. Estamos nos mobilizando para ter todo o dinheiro e pagar tudo. Também vamos fazer os cursos e está dando tudo certo, aos poucos vamos conseguir alcançar nossas metas”, afirma.
Com o objetivo de prestar maior apoio aos moradores da comunidade localizada no Pantanal, o escritório da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) em Miranda promoveu um encontro para esclarecer dúvidas e realizar um acompanhamento técnico para que a atuação da comunidade na apicultura atenda às exigências legais, bem como ocorra com as melhores práticas para manejo e otimização na produção.