Nesta terça-feira (01), os 34 bombeiros encaminhados pelo governo do Distrito Federal para ajudar no combate ao fogo no Pantanal, se despediram de Mato Grosso do Sul. Depois de registrar cerca 700 focos de incêndio por dia, durante os meses de agosto e setembro, as equipes de segurança do Estado controlam apenas quatro focos ainda existentes na região de Corumbá.
Conforme o governador Reinaldo Azambuja, as equipes deixam o Estado em situação de controle das chamas, ocasionado pela ação de bombeiros, mas também pela chuva registrada na semana passada. “Isto nos gera certa preocupação, principalmente aos bombeiros, mas há uma vigilância e agora é esperar com que as chuvas retornem ao normal”, alertou. O último inverno foi o mais seco dos últimos 12 anos.
Os incêndios no Pantanal começaram a preocupar no final de agosto, embora o longo período de estiagem já estivesse previsto desde o início de 2019. Com o aumento desenfreado dos focos em menos de uma semana, já em setembro, o governo foi obrigado a tomar medidas mais eficazes, decretando situação de emergência. O Refúgio Ecológico Caiman, no município de Miranda, foi uma das áreas cujo ecossistema foi altamente danificado pelo fogo.
Estrutura de combate ao fogo também foi encaminhada com o efetivo. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Joilson Alves do Amaral, o empréstimo de viaturas e aeronaves foram essenciais no controle de incêndios. “No Pantanal, nem todo caminho dá acesso aos focos e precisaria fazer percurso. Isto levaria muito mais tempo e o fogo teria uma propagação muito maior”, relembrou.
O governador relembrou que o efetivo foi disponibilizado ao Estado, mesmo com uma área no Distrito Federal em chamas. Conforme o tenente-coronel Domingos Márcio Ferreira da Silva, da Capital Federal, a corporação tem mais de 20 anos de experiência no combate a incêndios florestais.
A despedida da corporação foi realizada em solenidade no Parque das Nações Indígenas. As equipes ficaram cerca de 11 dias na região.