A Polícia Militar Ambiental está começando a investigar os acampamentos de pescadores às margens dos rios e no Pantanal, particularmente aos que são montados dentro das áreas de preservação permanente de matas ciliares (APP), dentro da operação Prolepse (operação permanente da PMA deflagrada em 22 de março de 2021), de prevenção e combate aos incêndios. Os trabalhos visam a orientar aos turistas e pescadores profissionais, bem como aos catadores de iscas, para não usarem fogueiras, churrasqueiras ou qualquer tipo de brasas, no sentido de evitar possíveis incêndios florestais.
Na última quarta-feira (09), a PMA de Corumbá e de Miranda, que estão fiscalizando a região pantaneira, às duas margens do rio Miranda, em patrulhamento fluvial na região conhecida como Morro do Azeite, situada às margens do rio, em Corumbá, desmontaram um acampamento com cinco pescadores paulistas e autuaram o responsável. Os policiais verificaram que eles estavam acampados dentro da área protegida de matas ciliares do rio e, no momento da fiscalização, havia tambores com gasolina próximos à vegetação, bem como marcas de fogueiras no acampamento, o qual ocupava uma área de 400 m².
Foram apreendidos um moto-gerador energético e uma bateria veicular usada para iluminação, sendo que os policiais ordenaram a retirada de duas barracas de camping e algumas lonas improvisadas como barracas e a saída dos pescadores do local. O responsável pelo acampamento, um homem de 59 anos, residente em Neves Paulista (SP), foi autuado administrativamente e multado em R$ 5.000,00 por degradação de área de preservação permanente. Ele também poderá responder por crime ambiental, com pena prevista de um a três anos de detenção.