O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Ambiental (PMA) estão investigando a origem dos incêndios que destruíram oito pontes de madeira nos pantanais de Corumbá e Porto Murtinho, nas últimas 48 horas.
O secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, disse que as pontes serão recuperadas. Ele condenou o ato. "Existem indícios de incêndio criminoso e isso está na mão da Polícia de Mato Grosso do Sul, vamos investigar e buscar os responsáveis. Não estamos falando apenas do patrimônio público, mas também sobre o direito das pessoas de ir e de vir, afinal não podemos deixar as comunidades isoladas. É um ato grave", afirmou o secretário.
Há indícios de ação humana, segundo os primeiros levantamentos, com a ocorrência do fogo apenas nas estruturas das travessias que dão acesso e escoamento à produção de regiões isoladas do bioma.
Um dos registros mais recentes ocorreu na estrada MS-195, em Porto Murtinho, onde o incêndio destruiu a ponte sobre o Córrego Progresso. Testemunhas ouvidas durante as investigações informaram que foram encontrados galões de combustível próximo ao local do sinistro, configurando prática de crime.
Combate e monitoramento
A ponte é o único acesso de produtores rurais e a interrupção prejudica também os moradores da Colônia Ingazeira e o transporte de alunos à cidade, distante 30 quilômetros. O Corpo de Bombeiros registrou pelo menos três focos de calor na região em 48 horas.
Nas estradas MS-325 e MS-243, Pantanal do Nabileque, ao sul de Corumbá, sete pontes de madeira foram queimadas nos últimos dias, a maioria entre o Morro do Azeite (BR-262) e os trilhos da ferrovia Noroeste do Brasil, que corta a região pantaneira.
Nesta região, a localidade conhecida como Carandazal está concentrando os maiores incêndios florestais desde o início do mês de julho. A Operação Hefesto, com sede em Corumbá, está atuando no combate e monitoramento dos focos, um deles ativado na fazenda São Francisco do Pau Arcado.
“Durante a atividade de combate ao incêndio no Carandazal a guarnição resgatou um filhote de jacaré que estava fugindo do incêndio e o soltou num açude de uma área segura”, informou a tenente-coronel Tatiane Dias de Oliveira Inoue, comandante da operação.