A seca registrada no Pantanal de Mato Grosso do Sul em março deste ano foi classificada como extrema, conforme o Monitor de Secas que observa a quantidade de chuva ocorrida em cada município. Apesar da seca no Pantanal e em grande parte do Estado, o mês de março apresentou índices de chuva acima da média histórica, com valores acima de 100% e acumulados entre 120 e 240 milímetros, em diversas cidades.
Em outras palavras, março foi seco mas ao considerar os índices históricos, esse não foi o março mais seco já registrado. Campo Grande e Laguna Caarapã, por exemplo, apresentaram chuvas acima da média climatológica, com valores acima de 170 mm/mês.
O Monitor tem como base as amostras registradas pelas estações meteorológicas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em parceria com a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Cemanden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
A classificação dos níveis de chuvas nos municípios é feita de 1 a 5: 1 é atribuído às cidades que não apresentaram seca relativa, ou seja, choveu a mesma quantidade que a média histórica ou acima), 2 para aquelas onde ocorreu seca fraca, 3 para seca moderada, 4 para seca grave, 5 para seca extrema e 6 para seca excepcional.
Ao todo, 17 municípios foram classificados no nível de seca extrema: Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Nioaque, Miranda, Antônio João, Jardim, Bonito, Guia Lopes da Laguna, Bodoquena, Anastácio e Ladário, esses na região do Pantanal; além de Ponta Porã e Maracaju, ambos na região sul; e Cassilândia, Paranaíba e Aparecida do Taboado, na região leste de MS.
Outros 47 municípios foram classificados com ocorrência de seca grave (4) e em 15 cidades o nível foi de seca moderada (3).