Segundo informações do Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 2020 e 2021 houve desmatamento em 602 dos 3.429 municípios que compõem o bioma Mata Atlântica, 17% do total. Foram desmatados 21.642 hectares (ha) no período, um crescimento de 66% em relação ao registrado entre 2019 e 2020 (13.053 ha).
A pesquisa apontou que os 50 municípios que mais desmataram se concentram em seis estados, com 11.275 hectares derrubados (52% do total). Mais da metade, 29, estão localizados em Minas Gerais. Os demais estão na Bahia (7), no Paraná (7), em Mato Grosso do Sul (3), no Piauí (3) e em Pernambuco (1).
A cidade de Bodoquena está entre as 10 que mais desmataram o bioma da Mata Atlântica no Brasil, alcançando o 7° lugar com 376 hectares desmatados. Completam o ranking São João do Paraíso (MG, 700 ha desmatados), Nova Laranjeiras (PR, 679 ha), Setubinha (MG, 506 ha), Cotegipe (BA, 445 ha), Wanderley (BA, 431 ha), Rio Vermelho (MG, 396 ha), Capitão Enéas (MG, 347 ha) e Jequitinhonha (MG, 324).
O que chamou atenção dos pesquisadores foi o volume. Isso porque, se no período anterior, 10 municípios somavam 2.483 hectares desmatados, agora esse número chega a 5.895 – mais que o dobro.
Já Bonito, que encabeçou a lista de 2019/2020, reduziu a área derrubada de 416 para 193 hectares, porém a situação ainda é alarmante, principalmente por se tratar de uma cidade polo de ecoturismo, sendo que ainda figura entre as 50 cidades brasileiras que mais desmata o bioma.
O relatório completo do Atlas da Mata Atlântica 2020-2021 pode ser acessado clicando aqui .