A Polícia Militar Ambiental de Bonito, que trabalha na operação Semana Santa, recebeu denúncias de caça ilegal e realizou patrulhamento em uma fazenda, localizada a 30 km da cidade, nesta quarta-feira (31) no final da manhã. No local, os policiais encontraram os denunciados que prestavam serviço na propriedade rural como empreiteiros há pouco mais de 30 dias. Questionados sobre a denúncia, um homem assumiu ter carne de cateto armazenada, produto de caça.
Em um freezer no local onde o homem, de 55 anos, estava hospedado na fazenda foram encontrados 52 kg de carne que ele informou ser de cateto ( Pecari tajacu ), divididos em 12 pedaços que os policiais calculam ser de pelo menos três animais. Havia também carnes de um animal da espécie cutia ( Dasyprocta punctata ) pesando 3 Kg e de um tatu-galinha ( Dasypus Novemcinctus ), que está na lista de espécie em extinção. O empreiteiro assumiu ter caçado os animais e apresentou um rifle calibre .22, com o qual teria abatido os animais e duas munições do mesmo calibre. O infrator foi autuado administrativamente e multado em R$ 28.500,00 pela caça ilegal dos animais.
Em um trailer, onde outro empreiteiro, de 20 anos, estava hospedado foi encontrado outro rifle calibre .22. Ele assumiu ser proprietário da arma, porém não assumiu ter participado da caça ilegal. As armas e munições não possuíam documentação e foram apreendidas, juntamente com a carne e animais abatidos e o freezer.
Os infratores, residentes em Chapecó (SC), receberam voz de prisão e foram encaminhados, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil de Bonito, onde eles foram autuados em flagrante por posse ilegal de munições e armas e por caça dos animais. A pena para o crime ambiental de caça é de seis meses a um ano e meio de prisão, devido ao tatu-galinha estar em extinção. O crime de posse ilegal de arma conta com pena de um a três anos de detenção.