A Polícia Militar Ambiental de Corumbá realizou trabalhos preventivos e informativos na operação Prolepse de prevenção aos incêndios nas propriedades rurais de Corumbá e, enquanto visitavam fazendas no dia 15, encontraram em uma propriedade rural, localizada à rodovia MS 325, conhecida como estrada Carandazal, um incêndio de grande proporção. No dia, os policiais conseguiram informações de que o fogo teria iniciado no dia anterior (14).
Depois que o incêndio cessou, foi realizada uma vistoria detalhada no local, buscando identificar a origem do fogo e a equipe policial constatou que o incêndio havia atingido seis fazendas. Nas análises, a PMA chegou até uma fazenda de onde teria sido a origem. O capataz da propriedade relatou à equipe que, durante a limpeza da vegetação, teria acontecido um incidente e que, após isso, o responsável pelo imóvel entraria em contato com o órgão.
Nesta quarta-feira (21), o proprietário da fazenda entrou em contato com a PMA quando a equipe já havia concluído o relatório e declarou que, durante a limpeza das pastagens, acidentalmente o operador de máquinas teria derrubado uma árvore sobre o fio de sustentação do poste de energia, ocasionando a queda do poste. Segundo o homem, no mesmo momento, teria sido acionada a empresa concessionária de energia, que não enviou manutenção ao local. O produtor relatou ainda que, um dia após o ocorrido, houve uma explosão e o fogo se alastrou para fazendas vizinhas.
Os policiais mediram durante a vistoria, com o uso de GPS, a área queimada de vegetação nativa pantaneira incendiada, totalizando 821,57 hectares. O proprietário (51) foi autuado administrativamente e multado em R$ 246.600,00. Todos os responsáveis poderão responder por crime ambiental. Se ficar constatado que o incêndio foi doloso, a pena é de dois a quatro anos de reclusão. Caso seja culposo, como relatou o acusado, a pena é de seis meses a um ano de detenção.