Mato Grosso do Sul começou a consolidar o projeto que se destina à construção de centrais de energia solar fotovoltaica que irão sustentar o abastecimento elétrico das unidades administrativas do Governo do Estado. A intenção do governador Reinaldo Azambuja é viabilizar economia financeira ao Estado, utilizando a energia sustentável para alcançar a eficiência energética nos órgãos e entidades do Poder Executivo.
Por meio do Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), o Governo publicou, nessa sexta-feira (23), no Diário Oficial do Estado, o edital de chamamento público para o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que orienta a elaboração de estudos técnicos que demonstrem a viabilidade de implantar, manter e operar centrais de energia elétrica fotovoltaica em Mato Grosso do Sul.
“É uma visão estratégica. A gente entende que priorizar a geração de energia limpa, renovável, é contribuir para questão ambiental, para a sustentabilidade de Mato Grosso do Sul, do Brasil e do mundo”, disse o governador Reinaldo Azambuja.
Entre os objetivos desta PPP (Parceria Público-Privada) estão a promoção de sustentabilidade, a geração de economia financeira e retorno econômico, o investimento em infraestrutura, o estímulo à redução do uso de combustíveis fósseis e, acima de tudo, a eficiência energética.
Com a implantação deste projeto, o Estado vai seguir o exemplo e o pioneirismo de estados como Piauí, que implantou a maior usina solar do Brasil. Mato Grosso do Sul possui algumas unidades de captação de energia solar em grande escala, mas que não estão inseridas no âmbito da administração pública estadual.
“Esse projeto tem total aderência a nossa agenda para o desenvolvimento sustentável. Mato Grosso do Sul está comprometido com os ODS’s (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) da ONU que vão além deste projeto de energia fotovoltaica, a exemplo da PPP de esgotamento sanitário e da inclusão digital para 2021”, disse a secretaria Especial de Parcerias Estratégicas de Mato Grosso do Sul, Eliane Detoni.
De acordo com estudos preliminares, em Mato Grosso do Sul a taxa de incidência solar chega a 5.200 kwh/m² ao dia, o que representa quase o dobro da irradiação solar da Alemanha e outros país europeus, o que demonstra o grande potencial a ser explorado. Em 2019, o consumo de energia elétrica dos órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Governo do Estado foi de, aproximadamente, 170 milhões de quilowatt-hora (KWh).
A captação de energia solar fotovoltaica funciona por meio de painéis solares que transformam em eletricidade a luz do sol, a energia mais abundante e amplamente renovável do planeta. Com a emissão constante de gases poluentes na atmosfera, e que contribuem para o efeito estufa e destruição da camada de ozônio, o uso de fontes limpas e renováveis de energia tem se tornado uma amostra de responsabilidade com o meio ambiente e com o planeta.
Ilumina Pantanal
Aliando desenvolvimento e a preservação ambiental, o governador Reinaldo Azambuja lançou, juntamente com a Energisa, outro projeto audacioso que irá ampliar no Pantanal, para áreas remotas, o acesso à energia elétrica por fonte renovável, utilizando a energia fotovoltaica.
O projeto, que recebeu o nome de "Ilumina Pantanal", vai levar energia elétrica para cerca de cinco mil pessoas que vivem em áreas remotas do bioma e que atualmente não contam com o serviço.
A partir de julho, a maioria das unidades consumidoras atendidas terão instalados microssistemas individuais de geração solar fotovoltaica e armazenamento da energia excedente em baterias. Tudo sem custo para o consumidor.
Ao todo, 2.167 unidades consumidoras serão beneficiadas pelo projeto até 2022, o que representa em torno de 5 mil habitantes, espalhados por uma área de 90 mil km², nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda.