Bonito, Mato Grosso do Sul - 24 de Novembro de 2024
Meio Ambiente

Imasul e PMA deflagram Operação Piracema; pesca se encerra nessa quinta-feira

Na Operação Piracema de 2019-2020 foram presas 55 pessoas, apreendidos 859 quilos de pescado e aplicados R$ 105 mil em multas.

Com informações de assessoria
Em 04 de Novembro de 2021 às 14h36
(Divulgação)

A partir da meia-noite desta sexta-feira (05), a pesca estará proibida em todos os rios que cortam o território de Mato Grosso do Sul, inclusive os federais. Começa a Piracema, o período de defeso para reprodução das espécies, que se estende até o dia 28 de fevereiro de 2022. O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e a PMA (Polícia Militar Ambiental) deflagram a Operação Piracema para coibir a pesca predatória e garantir que os peixes possam subir os rios para se reproduzir.

Fiscais do Imasul vão atuar nos estabelecimentos que comercializam pescados, sejam peixarias, mercearias ou restaurantes. “Esses estabelecimentos têm o prazo de 48 horas a partir do início da Piracema, ou seja, até o dia 7 de novembro, para fazer a declaração de seu estoque pesqueiro. A partir daí só pode comercializar aquilo que estiver declarado”, explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

A estratégia de fiscalização da PMA será monitorar os cardumes e manter vigilância, principalmente nos pontos em que os peixes são mais vulneráveis à pesca predatória, como cachoeiras e corredeiras. Nesses locais serão montados postos fixos com policiais durante as 24 horas do dia.

O esquema especial de fiscalização da PMA contará com efetivo de 325 policiais nas 26 Subunidades estabelecidas em 20 municípios, além de 20 fiscais do Imasul. Este esquema especial já começa com a manutenção dos policiais que estão desde o dia 28 de outubro trabalhando na operação Dia de Finados.

Desde que adotou a estratégia de vigiar as corredeiras e cachoeiras, a média de pescado apreendido pela PMA tem sido de uma tonelada, com 50 pescadores presos. Na Piracema passada ocorreu a menor quantidade de pescado apreendida (352 kg) e 37 pessoas presas.

O diretor presidente do Imasul lembra que a punição para crimes de pesca predatória é rigorosa. “O infrator será autuado, multado, conduzido até uma delegacia – porque trata-se de um crime ambiental inafiançável -, tem todos os petrechos e até o barco apreendidos, vai responder por processo administrativo e também pode responder processo criminal, porque é caracterizada como uma degradação. Portanto, nós solicitamos que as pessoas respeitem o período de defeso”, orienta Borges.

Novamente, a PMA usará drones para fiscalizar os rios e tentar surpreender infratores. A tecnologia tem sido uma importante aliada do meio ambiente em campanhas de fiscalização. Muitos pescadores que praticam pesca predatória se comunicam via telefone para informar sobre a presença dos policiais, o que torna difícil o flagrante. Os aparelhos permitem que policiais instalados em um Posto Fixo de cachoeira ou corredeira, possam monitorar outros pontos semelhantes, ou outros trechos no mesmo rio, com efetividade e redução de custo operacional. Além de tudo, as imagens dos drones podem ser utilizadas como prova para identificação dos infratores, mesmo quando fogem, por características físicas pessoais e até das embarcações utilizadas.

Na Operação Piracema de 2019-2020 foram presas 55 pessoas, apreendidos 859 quilos de pescado e aplicados R$ 105 mil em multas.

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