Incêndio que atinge área do Banhado do Rio da Prata, entre Jardim e Bonito, próximo ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena, subiu para 2.700 hectares de vegetação devastada. Até ontem, a medição da Fundação Neotrópica do Brasil indicava 1.500 hectares consumidos pelo fogo que começou na quarta-feira (07).
Ainda de acordo com a Fundação, por conta do vento que atinge a região nesta sexta-feira (09), o fogo se afastou do Parque Nacional, mas ainda não foi controlado. Cerca de 56 militares do Corpo de Bombeiros atuam no combate junto com brigadistas da ICMBio e do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, além de fazendeiros da região.
No final da tarde de ontem, segundo o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Artemison Monteiro de Barros, foram solicitadas duas aeronaves modelo Airt Tractor para auxiliar no combate que chegariam até a região hoje. Além disso, os militares já contam com 12 viaturas e duas embarcações para os trabalhos.
“Nós temos um contrato de apoio com aeronaves, então fizemos a solicitação e duas aeronaves do modelo Air Tractor estão sendo enviadas e devem chegar aqui nesta sexta-feira para efetuarmos todos os combates. É uma operação bem demorada com focos de calor bem agressivos. Mas estamos trabalhando para minimizar o máximo possível e termos bastante sucesso”, disse o subcomandante.
O Banhado do Rio da Prata é considerado área prioritária para conservação pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A situação na região desencadeou operação denominada "Panemorfi".
Ontem, as equipes conseguiram controlar os focos de calor em um dos pontos na região, o Morro do Mateus, área rural da Capital do ecoturismo.
O fogo no antigo mirante do Morro do Mateus começou na noite de ontem e as chamas foram controladas por volta das 03h00. Mesmo com o fim do incêndio, a área queimada é monitorada para evitar o retorno do fogo.