A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Centro-Oeste houve, em março, o agravamento da seca em parte de Goiás e Mato Grosso do Sul.
No caso de Mato Grosso do Sul, a seca moderada recuou no norte e extremo sul do estado em função das chuvas acima da média nos últimos meses.
Com isso, a área com a severidade moderada do fenômeno caiu de 69% para 57% do território entre fevereiro e março.
Por outro lado, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses e piora nos indicadores, a seca extrema avançou no nordeste do estado, totalizando 4% do território sul-mato-grossense.
Em termos de área total com o fenômeno, Mato Grosso do Sul teve 357 mil km² nessa situação, ficando atrás apenas da Bahia. Os impactos permanecem de longo prazo no sudeste e de curto e longo prazo nas demais áreas do estado.
Em sete estados, 100% de seus territórios continuaram com seca no último mês em comparação a fevereiro: Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe. A Bahia passou a ter seca em 100% do estado, o que não acontecia desde março e 2019. Outros três estados registraram entre 96 e 98% de área com seca: Paraná, São Paulo e Goiás.
Sobre Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.