Criado para registrar e divulgar o homem pantaneiro e toda a sua cultura, o Memorial do Homem Pantaneiro, vinculado ao IHP (Instituto Homem Pantaneiro), receberá parte da programação do FASP (Festival América do Sul Pantanal), que começa dia 26 de maio, em Corumbá.
Entre quinta-feira (26) e domingo (29), o Memorial abrirá todos os dias, horário das 16h às 21h, para visitação do público. Localizado no prédio Vasquez & Filhos, na Ladeira José Bonifácio, 171, no Porto Geral, e a entrada é gratuita.
A programação para o período do Festival é uma parceria entre o IHP, Documenta Pantanal e Fundação de Cultural do Mato Grosso do Sul, com o apoio do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano.
“Incorporar o Memorial do Homem Pantaneiro no Festival América do Sul é motivo de orgulho para a nossa instituição. Além disso, demonstra efetivamente a importância deste equipamento cultural para proteger a memória e história dos homens que foram responsáveis pela proteção e desenvolvimento deste importante bioma”, afirma o presidente do IHP, Ângelo Rabelo.
No mesmo período, o Memorial recebe o projeto Pantanal+10, com o lançamento da exposição “Céu e inferno em terras alagadas” de José Medeiros. Composta por séries fotográficas, que retratam a destruição do bioma nos últimos anos.
Todos os dias, durante o FASP, às 18h30, será exibido o documentário “Fogo e Fé”, um curta-metragem produzido por José Medeiros, traz depoimentos dos pantaneiros sobre a maior tragédia ambiental no Pantanal. Os incêndios de 2020 e a grande estiagem já registrada, de 2021. O documentário tem 15 minutos.
Em seguida, 19h00, também todos os dias, será exibido “Ruivaldo, O Homem que Salvou a Terra”, de Jorge Bodanzky e João Farkas. Já às 20h, diariamente, será exibido o filme “Finado Taquari”, de Frico Guimarães. O filme, que retrata o assoreamento do rio Taquari, foi premiado no 4° Festival de Cinema de Jaraguá do Sul e no Cine.Ema - Festival Nacional de Cinema Ambiental do Espírito Santo, ambos em 2021.
Produtora de “Finado Taquari” e coordenadora do Documenta Pantanal, Mônica Guimarães fala sobre a importância de participar do Festival América do Sul Pantanal. “Estar presente no FASP está em total sinergia com a missão do Documenta Pantanal, que está completando 3 anos neste mês de maio. É motivo de muito orgulho poder apresentar, ao lado de nossos parceiros do IHP, parte de nossos projetos que têm como bússola divulgar o bioma, sua cultura, suas possibilidades econômicas e suas questões mais prementes”, afirma.
Na sexta-feira (27), às 19h30, acontece o lançamento do livro “Céu e inferno em terras alagadas”, do fotógrafo José Medeiros. A obra dá início ao projeto Pantanal + 10, no qual o fotógrafo retrata os acontecimentos no Pantanal nos últimos dois anos. Ao contrário de imagens poéticas que quase sempre estão ligadas ao bioma, o autor documenta os resultados das queimadas e da ação do homem na maior planície alagada do mundo. Ao longo dos próximos 10 anos, a ideia é lançar uma coletânea de livros, com a abordagem de vários aspectos do Pantanal.
Legítimo pantaneiro, Armando Lacerda conta que quando está na cidade precisa recarregar a bateria no rio. “Sempre vou até a beira do rio e de lá dou uma olhada e passada no Memorial do Homem Pantaneiro. Ele preencheu uma lacuna na cidade, resgatando a nossa cultura. E é interessante para quem vem para a cidade conhecer”, garante.