A Polícia Ambiental de Bonito recebeu denúncias sobre a turbidez das águas do córrego Chapeninha e afluentes do Rio do Peixe no município. Uma equipe foi ao local indicado pela denúncia nesta quinta-feira (17) e verificou que em uma fazenda localizada a 36km da cidade havia a implantação de lavoura e pecuária dentro de áreas protegidas.
A proprietária do imóvel (70), residente em Dourados, havia concluído uma área agropastoril que havia sido embargada anteriormente por estar dentro da mata ciliar (área protegida) da fazenda e isso poderia ser a causa da turbidez das águas.
Durante vistoria, foi verificado que a propriedade rural possuía um projeto de recuperação de áreas degradadas e alteradas (PRADA), contudo, após levantamentos, constatou-se que a responsável havia descumprido o projeto e não teria feito a recuperação de 120.000 m² de Área de Preservação Permanente (APP). Segundo o cronograma de execução do PRADA, a proprietária teria que isolar a área por três anos, para recuperação da vegetação, porém isso não aconteceu.
A infratora foi autuada administrativamente e multada em R$ 120 mil. Também poderá responder por crime ambiental de degradação de Área de Preservação Permanente (APP). A pena é de um a três anos de detenção. Ela foi notificada a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada (PRADA) junto ao órgão ambiental estadual.