O balanço de dois meses da Piracema, divulgado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) neste domingo (dia 5), registra explosão de multas, além de aumento no número de presos e apreensão de pescado.
O período de defeso, destinado à proteção reprodutiva dos peixes, termina em 28 de fevereiro. As multas tiveram aumento de 930%. Nesses últimos dois meses, o total foi de R$ 45.352,00. Na operação passada (2018-2019), foi de apenas R$ 4.400.
Conforme a PMA, o total de 32 prisões é quase o triplo do mesmo período da última operação. Já a apreensão de pescado aumentou 288% quando comparado ao mesmo período da fiscalização passada. Agora são 369 quilos, enquanto que na última ação o total em dois meses chegou a 95 quilos.
Com relação aos instrumentos proibidos, houve um aumento na quantidade de redes de pesca apreendidas, totalizando 95 nos últimos dois meses em relação a nove no mesmo período na operação passada (2018-2019). A maior parte destes materiais foi retirada armada no lago da Usina de Sérgio Motta no rio Paraná. A quantidade de espinhéis também foi extremamente alta com 45 apreendidas, comparando com três na operação anterior, sendo que a maioria foi retirada nos rios Paraguai e Apa, na região de fronteira com o Paraguai.
A PMA destaca que a ordem do comando é encaminhar os autuados às delegacias para serem presos em flagrante. “Embora estes saiam após pagarem fiança. No entanto, isso serve para demonstrar ao autuado de que ele está cometendo um crime passível de cadeia. Além do mais, em caso de reincidência não há fiança”, informa o balanço divulgado pela PMA.
As pessoas autuadas e presas responderão a processo criminal e poderão, se condenadas, pegar pena de um a três anos de detenção. A multa administrativa vai de R$ 700 a R$ 100 mil, mais R$ 20 por quilo do pescado irregular. Os flagrantes foram registrados em Aquidauana, Três Lagoas, Jardim, Guia Lopes, Ponta Porã, Coxim, Batayporã, Mundo Novo, Iguatemi, Aparecida do Taboado e Dourados.