Bonito, Mato Grosso do Sul - 28 de Novembro de 2024
Meio Ambiente

PMA e Ibama encerram operação Bocaiúva contra o tráfico de papagaios com 185 aves apreendidas

Esse número é 27,65% maior do que o ano de 2018 quando foram apreendidas 141 aves. Porém, comparado ao ano de 2017, em que não houve a operação Bocaiúva, o percentual caiu em 49,57%.

Com informações de PMA  - Ketlen da Silva
Em 26 de Dezembro de 2019 às 15h51
Divulgação. (PMA)

Com o fim da reprodução do papagaio agora em dezembro, a PMA e o Ibama encerram nesta quinta-feira (26) a operação Bocaiúva realizada em conjunto entre os órgãos. Desde o meio de novembro, as equipes já tinham sido reduzidas, mas mantendo sempre efetivo de inteligência e algumas equipes em propriedades rurais e bloqueios, para evitar o tráfico de animais silvestres.

A operação resultou na prisão de seis pessoas e apreensão de 180 aves da espécie papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além de cinco periquitos. Esse número é 27,65% maior do que o ano de 2018 quando foram apreendidas 141 aves. Porém, comparado ao ano de 2017, em que não houve a operação Bocaiúva, o percentual caiu em 49,57%. Naquele ano as apreensões foram de 357 papagaios, o que indica que a operação é essencial para a prevenção ao tráfico.

Como aconteceram nos anos anteriores, outras unidades da Polícia Militar foram importantes nas apreensões, bem como outras forças de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil, tiveram participações importantes na prevenção e repressão ao tráfico das aves na região foco.

Operação Bocaiúva

A PMA e o IBAMA, como no ano passado, no período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas, etc.) realizaram a operação contra o tráfico de animais silvestres, especialmente o papagaio. A “Operação Bocaiúva” envolveu 43 policiais e fiscais, desde o dia 15 de agosto, no intuito principal de evitar a retirada dos filhotes dos ninhos, tendo em vista, que depois da retirada das aves, mesmo quando se apreendem, os problemas à natureza e os custos econômicos para cuidar dos animais até a reintrodução envolvem muito dinheiro público.

As equipes foram distribuídas em fazendas, bloqueios e outros órgãos de segurança como Unidades da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, principalmente da região com maior índice do tráfico, sendo alertados para atentarem ao problema neste período e apoiarem nas operações.

A operação deste ano foi executada em razão dos resultados positivos na prevenção ocorridos no ano de 2018, quando houve redução dos papagaios apreendidos (141), com relação a 2017 (357). Agora em 2019, foram 180 papagaios, número um pouco maior, porém, muito menor do que foi apreendido em anos anteriores. Em anos anteriores também a PMA executava o monitoramento do que era apreendido pela Polícia Rodoviária do estado de São Paulo, de animais saídos de Mato Grosso do Sul e, tanto em 2018, como em 2019 não foi verificada apreensão naquele Estado de aves saídas do Estado.

Divulgação. (PMA)

Período preocupante

A região principal do problema de tráfico de papagaio monitorada é basicamente a que constitui os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo, porém a operação foi realizada em todo o Estado, como em 2018, quando houve redução na retirada de filhotes de papagaios no Estado.

Nesta operação, com foco principal em evitar a retirada, ninhos foram monitorados e as saídas de MS foram fechadas com bloqueios, especialmente as saídas para SP, que é o destino principal registrado dos filhotes de papagaios traficados em Mato Grosso do Sul.

O período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres, pois é o período reprodutivo dos papagaios, animal mais traficado no Estado. A PMA mantém trabalhos preventivos nas propriedades rurais para prevenir a retirada dos animais e aliciamentos de funcionários de fazendas e assentados pelos traficantes, para a retirada dos filhotes.

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