Durante encontros da Agenda Verde, que marcam as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, produtores rurais de Bonito firmaram os primeiros contratos para receber valores referentes ao PSA (Pagamento por Serviços Ambientais), uma recompensa por ações de preservação nas propriedades. O Governo do Estado conseguiu a liberação de R$ 950 mil do Funles (Fundo de Defesa e Reparação de Interesse Difusos e Lesados) que estão à disposição.
Durante a manhã de hoje (06) foram assinados seis contratos, mas ao todo 42 proprietários farão parte do PSA. Cada produtor pode receber até R$ 27 mil, o que não significa que todos receberão esse valor. Será feita avaliação para ver o quanto cada um tem direito.
Em evento no auditório do Bioparque, o titular da (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, falou das metas do Governo Estadual na área de preservação e comemorou resultados.
Preservação
O secretário destacou que Mato Grosso do Sul já conseguiu converter 3 milhões de hectares de área de pastagem degradada em solo preservado. Atualmente, 38% da vegetação do MS está preservada. Das emissões de carbono, 77% são da agropecuária e 14% da produção de energia.
Desde 2010, MS conseguiu reduzir emissões de carbono em 10%. “Em 2016, houve emissão de 55.453Gg. Isso representa 4% das emissões do Brasil e 16% do Centro-Oeste”, detalhou Verruck, em apresentação com dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), MMA (Ministério do Meio Ambiente), Funai (Fundação Nacional do Índio), entre outros.
“Hoje foi feito o primeiro contrato de PSA com produtores rurais de Bonito. Não há como discutir carbono sem ciência. Nós investimos no ano passado R$ 8 milhões em ciência. Vamos avançar muito nessa gestão e deixar um legado para a próxima gestão”, disse Verruck.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), lembrou que as políticas que estão sendo realizadas em prol do meio ambiente são de Estado, ou seja, terão continuidade, independente da troca de gestão, o que é muito positivo para o meio ambiente. Azambuja lembrou ainda que daqui a 4 ou 5 anos, MS terão um milhão de hectares de florestas plantadas em área degradada.
“O MS Carbono Neutro vai garantir ao Estado um selo de sustentabilidade. Não adianta olhar o desastre e a chuva do Nordeste, cheias no Pantanal, derretimento de geleiras e não colocarmos em prática ações contra o aquecimento global. A preservação tem que ser algo pensado todos os dias, porque se não fizermos nossa parte ninguém fará por nós. Temos que cobrar que outros países a contribuam também”, disse o governador.