O caso estava parado desde maio, em razão da alegação de insanidade mental do réu. O perito responsável pelo laudo psiquiátrico, Rodrigo Abdo, identificou em Bruno capacidade plena de entender o “caráter ilícito do fato”.
O laudo atesta que Bruno estava com a autodeterminação diminuída, “mas não abolida”, no dia do crime, 14 de abril. O pintor foi diagnosticado com síndrome de dependência em grau moderado, de álcool e drogas. No dia do assassinato, ele disse estar “traspassado” e afirmou ter bebido álcool e tomado o antidepressivo clonazepam.
Paulo Setterval estava com a família em Bonito quando foi morto a facada, na calçada de uma rua central, depois de se negar a dar um cigarro para o réu. A juíza responsável pelo caso, Adriana Lampert, homologou o resultado da perícia e intimou as partes. Se não houver recurso que mude a decisão, a ação volta a correr no Tribunal do Júri.