A empresa Mato Grosso do Sul Taxi-Aéreo (MS Táxi-Aéreo) teve o Certificado de Operador Aéreo (COA) cassado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta semana por conta da prática de Transporte Aéreo Clandestino de Passageiro (TACA). A empresa ainda foi multada em R$ 75 mil por uma série de infrações envolvendo três aeronaves.
O primeiro dos cinco processos contra a MS Táxi-Aéreo foi instaurado em 2018. De acordo com a Anac, foi constatada, na ocasião, a utilização, de forma indevida, de três aeronaves (matrículas PT-RVJ, PT-VMF e PT-VKY) durante o período em que o COA da empresa se encontrava suspenso.
A agência reguladora ainda relata que outra irregularidade envolveu um voo com a aeronave PT-VKY. Segundo a Anac, o equipamento se encontrava sem condições de aeronavegabilidade entre Campo Grande e Miranda (MS). A aeronave foi utilizada para transporte de passageiros sem possuir autorização para realizar táxi-aéreo. As penalidades administrativas, como a cassação do COA do operador aéreo e multa, estão previstas na Resolução nº 472/2018 da Anac.
Conforme o Artigo nº 261 do Código Penal, a prática de TACA pode configurar crime ao colocar vidas de pessoas a bordo e em solo em risco. A empresa MS Táxi-Aéreo sofre ainda, no campo criminal, investigação pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul (DECO-MS), que apura as circunstâncias do acidente aéreo que matou o piloto Marcos David Xavier em 2016.