Durante o final de semana, a Polícia Militar Ambiental de Campo Grande realizava fiscalização no rio Miranda, no município de Bonito, durante a operação Pré-piracema à cidade e autuou quatro pescadores por pesca em local proibido, na corredeira, e por pescar utilizando método proibido, com lambada ou chasco.
Ao chegar na Corredeira Santa Helena, a PMA surpreendeu dois homens praticando a pesca predatória. Com os autuados, de 36 e 43 anos, residentes em Porto Feliz e Cerquilho (SP), foram apreendidos dois molinetes com varas. Eles iniciavam a pescaria e ainda não tinha capturado nenhum pescado. Cada infrator foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 700,00. Felizmente não havia cardume no local, pois é alta a vulnerabilidade nesses locais dos rios, resultando na proibição da pesca até 200 metros a montante e a jusante das cachoeiras e corredeiras.
Ainda no município de Bonito, em outro trecho do rio, dois outros pescadores foram surpreendidos pescando com instrumento do tipo garateia, em uma modalidade denominada “lambada” ou “chasco”, método de pesca proibido em Mato Grosso do Sul. Eles iniciavam a pescaria e ainda não tinham capturado nenhum pescado. Com os infratores, de 44 e 53 anos, residentes em Bonito, foram apreendidos dois molinetes com varas. Cada infrator foi autuado administrativamente e multado em R$ 700,00.
Todos eles responderão por crime de pesca predatória, com pena prevista de um a três anos de detenção.
Lambada com uso de garateia
A pesca com a garateia não é proibida, mas o método utilizado. Esta forma de pesca é executada normalmente com garateias e chumbadas pesadas, sendo que uma ou várias garateias na mesma linha são lançadas ao meio do cardume e o peixe é fisgado e arrastado para à superfície pelas mais diversas partes do corpo. A proibição do método se dá justamente em razão de, muitas vezes, os anzóis causarem ferimentos e não haver a captura, com a possibilidade de ferir peixes que não deveriam ser capturados (espécies protegidas, ou em tamanho inferior ao permitido). O peixe ferido fica exposto a alto estresse, podendo adoecer ou ficar mais sujeito a predadores devido às dificuldades de escape, bem como a atração gerada pela lesão (QUEIROZ, 2014).