Bonito, Mato Grosso do Sul - 26 de Abril de 2024
Turismo

Operadora de turismo Thomas Cook declara falência

Falência de empresa de 178 anos obrigou as autoridades a iniciarem uma operação para repatriar turistas pelo mundo.

Com informações de G1
Em 23 de Setembro de 2019 às 14h37

A histórica operadora de turismo britânica Thomas Cook, a mais antiga do mundo, declarou falência e o fim de suas operações, o que obrigou as autoridades a repatriar clientes em viagem em vários países. A empresa confirmou que, somando todos os destinos e nacionalidades, tem atualmente quase 600 mil turistas de férias pelo mundo, sendo 150 mil britânicos.

A empresa britânica foi fundada em 1841, totalizando 178 anos. Pioneira nos pacotes de viagem de férias familiares na Europa, América, África e Oriente Médio, a Thomas Cook negociou intensamente durante todo o fim de semana em busca de uma injeção de capital de 200 milhões de libras (quase US$ 250 milhões) para evitar o colapso. Mas as conversas com credores, acionistas e governo fracassaram e a operadora encerrou as atividades.

Com a falência, 22 mil funcionários em todo o mundo estão com os empregos ameaçados, 9 mil deles no Reino Unido. Ela também atinge sites globais de agendamento de viagens, empresas de cartão de crédito, agências de turismo que usam suas linhas aéreas e ruas comerciais britânicas em que seus agentes foram obrigados a fechar as portas. A companhia aérea alemã Condor, que pertence ao grupo Thomas Cook, anunciou que mantém seus voos, apesar da falência, e solicitou um empréstimo de emergência ao governo alemão.

Segundo a Reuters, Thomas Cook foi abalada por uma dívida de US$ 2,1 bilhões. O grupo registrou uma forte queda em seus negócios nos últimos anos, por conta da concorrência intensa dos sites de viagens e das dúvidas dos turistas para viajar devido as incertezas sobre o Brexit, adiado duas vezes este ano, destaca a agência France Presse.

Deirdre Hutton, presidente da Autoridade Britânica de Aviação Civil (CAA), disse à BBC que a Thomas Cook entrou em colapso porque falhou em modernizar sua abordagem a um mercado de turismo cada vez mais digital e "incrivelmente competitivo".

A operadora de viagens britânica Thomas Cook administrava hotéis, resorts e companhias aéreas e transportava 19 milhões de pessoas por ano para 16 países, principalmente da Europa, operando uma frota de mais de 100 aviões.

A empresa precisará agora da ajuda de governos e de seguradoras para levar turistas de volta para casa. Entre os países com mais turistas afetados pela falência, estão Alemanha, Grécia, Turquia, Egito, Espanha, Suécia e Chipre.

Na madrugada desta segunda-feira, as autoridades do Reino Unido começaram a organizar o retorno de 150 mil turistas britânicos, na maior operação de repatriação do país em tempos de paz, duas vezes superior à organizada há dois anos, no momento da falência da companhia aérea Monarch.

O governo ativou um plano de emergência que recebeu o nome "Operação Matterhorn", referência a uma campanha de bombardeios dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

As aeronaves mobilizadas pela Autoridade Britânica de Aviação Civil (CAA) começaram a decolar de Palma de Mallorca (Espanha). Muitos turistas britânicos estão em Cuba, Turquia, Grécia e Tunísia. Aviões emprestados por companhias aéreas também serão utilizados.

"Todos os passageiros atualmente no exterior pela Thomas Cook e que tinham reservas para retornar ao Reino Unido nas próximas duas semanas serão transportados para casa em uma data o mais perto possível de suas reservas", afirmou o governo britânico. A ideia é que todos os britânicos consigam retornar ao país até 6 de outubro.

De acordo com a BBC, 14 mil britânicos devem ser repatriados até a noite de segunda-feira. O governo calcula o custo da operação em 100 milhões de libras.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o grupo não operava voos no Brasil. Em nota, a agência afirmou que "eventuais contratos de transporte entre brasileiros e a empresa, ou com outra empresa que operava em codeshare, estão sob a legislação do país em que se iniciava o voo com a Thomas Cook".

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