Na última sexta-feira (05), a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul) apresentou o cultivo de soja e milho como alternativa econômica com impactos positivos no social e no turismo local de Bonito, transformando o município no segundo classificado como carbono neutro no mundo. O evento teve parceria com o Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e reuniu agricultores e representantes do turismo.
Segundo o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi, é possível a manutenção da produção de grãos, de forma sustentável, em consonância com o turismo. “Entendemos que produzir com sustentabilidade é um grande atrativo e isso precisa ficar claro para diversos turistas do mundo, principalmente numa cidade como Bonito, com tantos encantos naturais, dando a oportunidade de contarmos um pouco da história do produtor de Bonito e todo o trabalho que ele faz a cada dia”, disse.
O diretor-presidente da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e secretário do Estado, Jaime Verruck, palestrou no evento e sinalizou que uma empresa deve investigar a possibilidade de Bonito se tornar o segundo destino do mundo classificado como carbono neutro. Atualmente, o primeiro lugar é Machu Picchu, no Peru.
“A diferença é que Machu Picchu é carbono neutro a partir de compra de crédito de carbono de outras regiões. E o trabalho que essa empresa fará vai investigar se Bonito pode se tornar carbono neutro, capturando o que emite”, explica, sinalizando que a cidade ainda aumentará a área destinada à agricultura, somando à perspectiva de que Mato Grosso do Sul deve atingir em 2025 de 5 milhões de hectares destinados à soja.
“A realização desse evento é prova da transformação da agropecuária da região. Temos aqui pessoas interessadas em conhecer ainda mais sobre práticas agrícolas sustentáveis, o que vem norteando nosso desenvolvimento, por meio da integração da agricultura e o turismo rural e ecológico. Temos muito potencial para diversificar a produção agropecuária, aliada à qualidade e sustentabilidade. Nesse processo, o conhecimento é fundamental. Esse é nosso compromisso, por meio da Famasul, Senar e Aprosoja-MS”, finalizou Bertoni.