Os hospitais da Rede D’Or passarão a oferecer o primeiro medicamento de prevenção contra COVID-19 do Brasil. Chamado Evusheld e produzido pela AstraZeneca, o remédio foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro de forma emergencial. Ele se mostrou eficaz na prevenção de todas as variantes da doença, incluindo a Ômicron.
O Evusheld é recomendado aos pacientes que, por alguma razão, não podem se vacinar com os imunizantes disponíveis para COVID-19 ou que possuem alguma condição que inibe o efeito da vacina, como transplante de órgão ou tratamento oncológico.
Para Esper Kallas, infectologista e diretor da área de Laboratório da Rede D’Or, o medicamento será uma “poderosa arma no enfrentamento da doença”. Porém, Bárbara Furtado, gerente médica da AstraZeneca, ressalta que a vacina continua sendo a principal ferramenta no combate à COVID-19, sendo o Evushel “um escudo para aqueles que são mais suscetíveis ao coronavírus”.
O medicamento é composto de dois anticorpos monoclonais (tixagevimabe e cilgavimabe) que impedem a infecção por Sars-CoV-2. Sua aplicação é intramuscular, ou seja, por injeção. Segundo estudos, o Evushel possui efeito com duração de, no mínimo, seis meses.
A indicação de uso do medicamento é para profilaxia (prevenção) antes da exposição à COVID-19 em indivíduos adultos e pediátricos a partir de 12 anos, com peso mínimo de 40 kg.
O remédio é indicado para pessoas que não podem tomar vacina ou que tenham comprometimento imunológico moderado a grave devido a uma condição médica ou ao recebimento de medicamentos ou tratamentos imunossupressores. Pessoas imunocomprometidas são mais propensas a terem uma resposta imunológica menor à vacina, além de estarem mais suscetíveis a infecções graves.
Os pacientes aptos não devem ter tido exposição recente a um indivíduo infectado com o Sars-CoV-2 e seu uso não está autorizado para tratamento da COVID-19 ou para profilaxia pós-exposição de COVID-19.