O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, reconhecido internacionalmente por reunir um dos maiores conjuntos de atrativos naturais do planeta. São mais de 116 mil espécies animais e 46 mil espécies vegetais conhecidas.
O segmento de Turismo de Natureza é uma tendência mundial, que tem se consolidado na retomada das atividades após o início da pandemia de Covid-19. Evidenciando o crescimento no Brasil, as 145 unidades de conservação federais, administradas pelo ICMBio, e que possuem visitação monitorada, contabilizaram 16,7 milhões de visitas em 2021. O número é o maior registrado em pelo menos cinco anos, superando o cenário pré-pandemia. A título de comparação, em 2017 foram registradas 10,7 milhões de visitantes.
No cenário pré-pandemia, cerca de 1,5 milhão de turistas brasileiros viajaram dentro do país motivados pelos segmentos de natureza/aventura, o que representa 26% das viagens realizadas a lazer no ano de 2019. O Turismo de Natureza foi responsável, também neste mesmo ano, por motivar a viagem de cerca de dois em cada dez turistas internacionais (19%), registrando o maior índice dos últimos cinco anos: 2015 (15,7%), 2016 (16,6%), 2017 (16,3%) e 2018 (16,3%), segundo o Anuário Estatístico de Turismo.
“Temos um potencial imenso e ainda inexplorado para o Turismo de Natureza. Para desenvolver este potencial, o governo federal, por meio dos ministérios do Turismo e do Meio Ambiente, apoiados pelo ICMBio, desenvolvem uma série de ações para fortalecer o ecoturismo no nosso país, atraindo cada vez mais visitantes para a prática de um turismo mais sustentável”, destacou Carlos Brito, ministro do Turismo.
Para promover o Turismo de Natureza no país e incentivar a prática do turismo sustentável, o Ministério do Turismo desenvolve uma série de ações. Apenas em 2022, em parceria com instituições de ensino de todo o Brasil, a Pasta ofertou 1.275 vagas em cursos de capacitação de guias de turismo em atrativos naturais. Deste total, 400 estão abertas com inscrições até o dia 10 de junho para profissionais que atuam nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.
Em outra frente, os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente junto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mantêm a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas). A iniciativa busca promover o estímulo do turismo em áreas naturais, além da geração de emprego e renda para as comunidades em volta destes percursos. Assim, apoia a construção e o desenvolvimento de roteiros integrados que fortaleçam a conservação da biodiversidade e a conexão entre as mais diversas paisagens do Brasil. Já são seis trilhas de longo curso no país distribuídas em quase dois mil quilômetros.
Uma parceria entre o MTur e a UNESCO deve resultar na elaboração de um manual com orientações para apoiar a criação, estruturação e promoção de trilhas de longo curso no Brasil. E, na última semana, os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente, bem como o ICMBio, lançaram a Cartilha RedeTrilhas que apresenta, de forma objetiva, orientações para adesão à RedeTrilhas.
Vislumbrando o potencial de crescimento do segmento no país, no ano passado, o Ministério do Turismo lançou a campanha promocional Turismo em Natureza. Com o slogan “Viaje pelo Brasil. Gigante pela própria natureza”, as peças publicitárias retrataram a experiência do viajante e a importância de se praticar um turismo consciente, sustentável e seguro.
Outra linha de atuação é o desenvolvimento de parcerias com a iniciativa privada para a administração de parques nacionais. Em março deste ano, o Ministério do Turismo finalizou estudos de viabilidade técnica e econômica para a concessão de quatro parques nacionais (da Chapada dos Guimarães - MT; de Jericoacoara - CE; dos Lençóis Maranhenses - MA; e da Serra da Bodoquena - MS).
Os documentos indicam a viabilidade do negócio tanto para o Poder Público, quanto para a população e para a iniciativa privada. Além disso, apontaram a possibilidade de que, só nos primeiros cinco anos após a concessão, os quatro parques recebam investimentos da ordem de R$ 103 milhões em melhorias estruturais para atender visitantes, além de gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos.