Fauna, flora e aspectos geológico-geomorfológicos do Rio de Prata um dos principais destaques turísticos de Mato Grosso do Sul, corre sérios riscos, em especial pela erosão que assola a região.
Essa realidade está sendo constatada pelo pesquisador Elias Rodrigues da Cunha, técnico do Laboratório de Geoprocessamento no Campus de Aquidauana (CPAQ) e doutorando em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que coordena a pesquisa “Predições do uso e ocupação do solo e seus impactos na erosão do solo no ecótono Cerrado/Mata Atlântica: estudo de caso da bacia hidrográfica do Rio da Prata”.
A pesquisa foi dividida em três etapas: na primeira, foram analisadas as mudanças no uso e ocupação do solo nas últimas três décadas (1986- 2016); a segunda trata da simulação de cenários futuros de uso e ocupação do solo para os anos de 2033, 2050, 2080 e 2100.
O estudo desenvolvido por Elias aponta que as atividades agropastoris foram as que mais influenciaram na mudança do uso e ocupação do solo, sendo as nascentes, vegetação ciliar dos afluentes e principalmente o banhado as áreas da bacia mais afetadas.
Para o pesquisador, com base nos resultados dos cenários futuros se a tendência atual de uso do solo continuar, a estimativa é de que até o ano de 2100 sua área será reduzida pela metade.
“E essas mudanças na paisagem alterarão inquestionavelmente todo o ecossistema da bacia. Vale ressaltar que os impactos negativos na vegetação nativa, principalmente no banhado, influenciam diretamente o setor econômico das cidades de Bonito e Jardim, pois a preservação da qualidade ambiental da bacia do rio Prata é essencial para o desenvolvimento de atividades de ecoturismo”, expõe.
Veja a matéria na íntegra no site abaixo:
https://www.ufms.br/bacia-hidrografica-do-rio-da-prata-corre-serios-riscos-com-erosao/