O Ministério do Turismo e o Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans/UFSC), realizaram um diagnóstico das infraestruturas de transportes existentes nas 30 rotas turísticas estratégicas do país, contempladas no programa Investe Turismo. O mapeamento abordou os modos rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo de cada rota, localizadas nas cinco regiões do Brasil.
“A iniciativa se relaciona com as ações promovidas pelo Fórum de Mobilidade e Conectividade do Turismo (Fórum MOB-Tur). O material possibilitará o planejamento do transporte turístico de passageiros para ofertar melhores condições de deslocamento aos destinos turísticos brasileiros”, destaca o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
A Região Centro-Oeste abrange quatro rotas turísticas estratégicas que foram levantadas, caracterizadas e analisadas com relação as infraestruturas de transportes existentes. São elas: Rota Brasília e Chapada dos Veadeiros; Rota Goiânia, Pirenópolis e Goiás; Rota Pantanal Norte e Chapada dos Guimarães; e Rota Pantanal Sul e Bonito.
Nos municípios que integram as rotas foram levantadas informações como a identificação dos municípios pertencentes, de trechos ferroviários, portos organizados com terminais de passageiros, instalações portuárias de turismo e aeroportos. Também foi possível traçar as condições de transporte, incluindo a estrutura existente, integração dos modais e a disponibilidade de informações aos turistas.
“É possível observar que as potencialidades de cada rota estão diretamente ligadas ao segmento de turismo desenvolvido na região em que está localizada. A Região Centro-Oeste, por exemplo, possui o modal rodoviário mais desenvolvido, até por uma questão histórica, mas também devemos olhar com atenção para os outros segmentos a fim de desenvolvê-los”, explica a secretária nacional de Atração de Investimentos Parcerias e Concessões, Débora Gonçalves.
A Rota Pantanal Sul e Bonito é composta por sete municípios, todos dentro do Estado de Mato Grosso do Sul, e abrange três regiões turísticas: Bonito-Serra da Bodoquena, com os municípios de Bodoquena, Bonito e Jardim; Caminho dos Ipês, com o município de Campo Grande; e Pantanal, com os municípios de Aquidauana, Corumbá e Miranda.
Quanto à infraestrutura rodoviária, foram identificadas 124 instalações que têm potencial para se tornarem futuros PAVs.
A Rota também conta com aeroportos com operação doméstica, totalizando 135 instalações. O Aeroporto Internacional de Campo Grande está previsto na 7ª rodada de concessões, junto ao Bloco SP/MS, além disso, se caracteriza por ser o mais movimentado da região e realizar transporte doméstico de passageiros. Somando todos os aeroportos da rota, são ofertados 296 voos por semana, segundo dados de dezembro de 2019, para um número de dez localidades entre origens e destinos.
Já em relação à infraestrutura aquaviária, foi possível identificar um potencial natural para este tipo de transporte, pois a rota encontra-se permeada pela Hidrovia Paraguai – Paraná e Hidrovia do Tietê-Paraná e tendo em vista a existência e o planejamento de Portos Públicos que permitem operar o transporte de passageiros, localizados nos municípios de Corumbá, Guaíra, Rosana, Manga, Porto Esperança, Porto Murtinho e Presidente Epitácio.
O estudo completo destas e das demais rotas estratégicas, bem como outros produtos desenvolvidos no âmbito da parceria entre o MTur e o LabTrans/UFSC são apresentados à autoridades e técnicos dos setores de turismo e de mobilidade nas reuniões do Fórum de Mobilidade e Conectividade.
Investe Turismo
O objetivo principal do programa, desenvolvido conjuntamente pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Embratur, é acelerar o desenvolvimento, aumentar a qualidade e a competitividade em 30 Rotas Turísticas Estratégicas do Brasil, com foco na geração de empregos.
As rotas turísticas selecionadas receberão ações organizadas em quatro linhas de trabalho que vão desde o fortalecimento da governança, por meio de uma agenda estratégica entre setor público e privado; melhoria dos serviços e atrativos turísticos, com foco especial nas micro e pequenas empresas; marketing e apoio à comercialização, por meio de campanhas, produção de inteligência mercadológica e participação em eventos estratégicos; até a atração de investimentos e o apoio ao acesso a linhas de crédito e fontes de financiamento. Os projetos visam o aumento da qualidade da oferta turística nas rotas selecionadas em todas as regiões brasileiras.