Bonito, Mato Grosso do Sul - 25 de Novembro de 2024
Turismo

Turismo no Pantanal passa por repaginação para atrair turistas brasileiros e estrangeiros

Programa Pró Pantanal atua no trade turístico para fortalecer negócios, sendo que 12 empresas de Aquidauana, Miranda e Corumbá estão em projeto piloto para desenvolver ao máximo esses produtos turísticos.

Com informações de Sebrae/MS
Em 17 de Março de 2022 às 14h50
(Divulgação)

O Pantanal trata-se de um só bioma, mas com características bem distintas entre suas cinco regiões (Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Chaco). Por isso, existe possibilidade de diferentes experiências dentro dele. Todo esse potencial está sendo monitorado e estratégias estão em implementação por parte dos negócios que atuam no turismo dentro do território.

Pelo Pró Pantanal (Programa de Apoio à Recuperação Econômica do Bioma Pantanal), 12 empresas de Aquidauana, Miranda e Corumbá estão em projeto piloto para desenvolver ao máximo esses produtos turísticos para públicos do Brasil e do exterior.

Com capacitações divididas em seis encontros, esses negócios estão estruturando uma atuação conjunta para garantir ao visitante a possibilidade de conhecer os pantanais que existem nessa região do extremo oeste de Mato Grosso do Sul e em parte de Mato Grosso.

Existe a experiência de descobrir tamanduás-bandeiras em Aquidauana, depois aproveitar a diversidade da pescaria no rio Miranda, e ainda experimentar um dia da rotina de um “autêntico pantaneiro”. Por fim, conhecer o rio Paraguai e seus caminhos cheio de curvas e fauna diversa a bordo de um barco-hotel, em Corumbá. Esse roteiro é apenas um exemplo do que está em avaliação pelas empresas participantes desse projeto piloto dentro do programa.

O Pró Pantanal foi formatado pelo Sebrae nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e está em execução desde julho de 2021 para fomentar e apoiar ações específicas na recuperação econômica de regiões do bioma afetadas pelos incêndios dos últimos dois anos. O Sebrae/MS atua diretamente para estimular a economia criativa, a economia da biodiversidade e os empreendimentos existentes, com parceria do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Tito Estanqueiro, diretor de operações do Sebrae/MS, reforça que o programa busca gerar recuperação econômica e abrir novas janelas de oportunidades no setor turístico. “O Pró Pantanal tem um viés de cooperação econômica e nesse contexto, na vertente do turismo, temos uma grande oportunidade. O Pantanal é único, não vai ter concorrência de outro país, por exemplo. É preciso usar esse bioma, de forma sustentável, para aproveitar todas essas oportunidades, de uma indústria que é limpa, que gera empregos e que pode reposicionar todo esse vasto território que pertence em 2/3 a Mato Grosso do Sul”, aponta.

Joana Tatoni Pereira Coelho Murano, da Pousada Aguapé, reconhece que o Pró Pantanal, em execução pelo Sebrae/MS, está gerando a formação de novas ideias para o trade.

“Começamos essa capacitação em dezembro (2021) e vimos vários temas, desde mercado, sustentabilidade, promoção, marketing. São pessoas de fora olhando para o seu empreendimento, te fazendo entender ações, coisas para melhorar e experimentar, situações que, às vezes, você não enxerga. Isso faz você pensar em ideias novas, que ajudam financeiramente e na experiência do hóspede. É uma ebulição de ideias”, detalha a empresária, que mantém a pousada na Fazenda São José, na rodovia MS-171, km 54, município de Aquidauana.

Carmen Omizolo iniciou o empreendimento do turismo no período que ocorreu os grandes incêndios e surgiu a pandemia. Com o Pantanal Experiência, na Fazenda Hi Fish, em Miranda (BR-262, km 542, trevo do Agachi + 4 km à direita), o Pró Pantanal auxiliou a otimizar os processos do negócio recém-criado para almejar um maior potencial.

“O Sebrae, com o Pró-Pantanal, que tem a equipe que nos deu a consultoria, nos possibilitou a melhorar, ajudar na parte técnica. A gente oferece a experiência da cultura pantaneira, a pessoa vai trabalhar na lida um dia inteiro, vai conhecer sobre o cavalo pantaneiro, que é algo nosso, faz uma trilha e depois tem a mini-comitiva, que é algo da culinária local”, destaca sobre alguns dos produtos que foram formatados.

Entre Miranda e Bonito, Leonardo Copetti de Moura tem a Pousada Refúgio da Ilha, na Estrada Parque. Ele comenta que descobrir como o Pantanal pode se transformar em um produto turístico, para ser consumido de forma sustentável, é um desafio. No Pró Pantanal, essa condição está sendo abordada de forma conjunta, para garantir um trade fortalecido e recuperado após os recentes incêndios e o cenário de pandemia.

“Nossa luta é sobre como vender o Pantanal para o resto do Brasil. É uma paisagem indecifrável e não se trata de um corpo único. É um mosaico de vários pantanais, de acordo com a hidrografia. A gente, na Pousada Refúgio da Ilha, está no delta do Salobra, é uma região específica, que é um rio que vem lá da Serra da Bodoquena. Tem outra pousada, a Baía das Pedras, que é um lugar fascinante. Os negócios no Pantanal estão todos interconectados, formando um grande trade e a gente sempre convida os visitantes para viajarem, conhecerem Corumbá, ir para Bonito, porque estamos perto também”, explica Moura.

O projeto piloto no trade de turismo pelo Pró Pantanal completou quatro encontros, de seis que serão realizados no total. Uma nova fase, com outros negócios já instalados no bioma, vão passar também pelo processo de capacitação para contribuir na recuperação econômica do setor.

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